Arquitetura

100 Anos de Presidente Prudente – Arquitetura e Urbanismo


Em 2017 fomos convidados pela Prof. Cristina Baron – docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNESP – para colaborar com um texto para o livro em comemoração aos 100 anos de Presidente Prudente, elaborado com apoio do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) Núcleo de Presidente Prudente.

ARQUITETURA PIONEIRA: A TRAJETÓRIA DE KAZUO MAEZANO

Ana Carolina de ALMEIDA

Marcos Vinicius Vincenzi DE AGOSTINHO

RESUMO

Neste artigo apresentamos alguns trechos da carreira de mais de 5 décadas do arquiteto Kazuo Maezano – precursor deste ofício na cidade de Presidente Prudente. O pioneirismo e a personalidade forte conduziram uma trajetória de projetos e obras de grande importância para a memória arquitetônica da cidade. A formação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Mackenzie e o contato com grandes nomes da arquitetura e da engenharia lhe permitiram trazer aos seus projetos as marcantes características da arquitetura moderna, que estava em pleno vigor na capital paulista. Destacamos duas obras do início da carreira do arquiteto – a Residência da família Perrone e o Edifício Tozan – que apesar de terem sofrido com as alterações no decorrer dos anos, ainda estão marcadas pelas intenções do modernismo. E também sua atuação como arquiteto construtor à frente da Construtora Kazuo Maezano Ltda, entre as décadas de 1960 e 1980, em que ampliou os trabalhos para os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná. Presidente Prudente foi assim presenteada por Kazuo com uma carreira pioneira e o traço modernista em sua paisagem.

INTRODUÇÃO

Durante os 100 anos de sua existência, Presidente Prudente recebeu projetos e obras de diversos arquitetos, dentre eles célebres nomes da arquitetura paulista, brasileira e profissionais locais. O presente relato aborda brevemente a trajetória do primeiro arquiteto a exercer a profissão em Presidente Prudente – Kazuo Maezano, que teve ampla atuação no município entre as décadas de 1960 à 1990.

Abordaremos sua formação e as influências modernistas trazidas da capital paulista, onde residiu durante sua graduação e exerceu os primeiros anos da profissão. Em seu retorno à terra natal destacamos dois projetos marcantes na memória da arquitetura prudentina: o Edifício Tozan, localizado à Rua Tenente Nicolau Maffei nº 302 e a residência construída para a família Perrone na confluência entre a Avenida Washington Luiz e a Rua XV de Novembro.

Além do ofício projetual, foram diversas as obras que tiveram sua direção técnica e acompanhamento, com destaque para a Sede do Fórum da Comarca de Presidente Prudente, edificação pública marcante para sua carreira. Maezano também se destacou a frente de entidades de classe, participou da comissão fundadora da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Alta Sorocabana e como o primeiro Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, Núcleo de Presidente Prudente/SP.

O legado do arquiteto pioneiro ainda se mantém presente na paisagem urbana de Presidente Prudente, como também na memória daqueles que vivenciaram o florescer da influência modernista na cidade. Que este trabalho colabore para o resgate da memória nos próximos aniversários da capital do Oeste Paulista.

FORMAÇÃO, VIVÊNCIAS E INFLUÊNCIAS

A família Maezano fixou residência em Presidente Epitácio quando emigrou do Japão no início do século XX. Kazuo (Ilustração 33), o filho do meio, nasceu em Presidente Venceslau em maio de 1929. Quando adolescente cursou o ginásio em Presidente Prudente, no Instituto de Educação Fernando Costa e teve como contemporâneos o artista plástico José Botosso e o ex-prefeito Florivaldo Leal.

A formação

Kazuo Maezano graduou-se como arquiteto em 1954 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Mackenzie, que tinha sido criada em 1947. Antes dessa data, o curso de Arquitetura pertencia à Escola de Engenharia Mackenzie e a titulação dos formandos era de Engenheiro-Arquiteto.

Após a separação da Escola de Engenharia, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie se tornou a primeira Faculdade de Arquitetura do Estado de São Paulo. O arquiteto Christiano Stockler das Neves, que foi professor de Kazuo, atuou como o principal responsável pela emancipação do curso, sendo eleito seu primeiro Diretor. Stockler foi atuante na luta pela regulamentação profissional do arquiteto e crítico da titulação de engenheiro-arquiteto, tanto que esta foi abolida após a criação da FAU Mackenzie (CIAMPAGLIA, 2016).

Aprendizado com os mestres

O curso de arquitetura na Faculdade Mackenzie permitiu a Maezano o convívio e o aprendizado com diversos nomes de extrema importância para a arquitetura nacional, dentre eles destacava três influências marcantes: o arquiteto Cristiano Stockler das Neves, o arquiteto Adolf Franz Heep e o engenheiro civil Roberto Rossi Zuccolo.

O arquiteto Cristiano Stockler das Neves (1889-1982), brasileiro, iniciou seus estudos na Escola Politécnica de São Paulo. Em 1909 transferiu-se para o Instituto de Belas Artes da Universidade da Pensilvânia (Filadélfia – EUA), onde se graduou no ano de 1911. Teve em sua formação valores atribuídos ao Renascimento e Neoclassicismo francês, com influências das arquiteturas grega e romana marcadas pela monumentalidade. Tais influências estiveram presentes em seu projeto para a Estação Júlio Prestes (antiga Estação da Estrada de Ferro Sorocabana) em São Paulo, projetada no ano de 1922.

O arquiteto Adolf Franz Heep (1902-1978), alemão formado na Escola de Artes e Ofícios de Frankfurt (Alemanha) no ano de 1926, transferiu-se para Paris e foi colaborador do arquiteto Le Corbusier entre 1928 a 1932. No ano de 1947 se naturaliza brasileiro e começa a lecionar na FAU Mackenzie, e em paralelo atua com escritório próprio a partir do ano de 1952. Sua produção arquitetônica evidenciou o pensamento racional e modernista, com ênfase aos processos de padronização e industrialização, partindo do pressuposto de uma cidade com menos contradições sociais, projetando desde edifícios de alto padrão – no bairro Higienópolis, por exemplo, a edifícios quitinetes no centro de São Paulo. O Edifício Itália é um de seus projetos tidos como referência na capital paulista pelos amplos panos de vidro requadrados pela estrutura de concreto aparente e por evidenciar a relação público-privada ao deixar livre a passagem de pedestres entre as Avenidas São Luís e Ipiranga.

Dentre tantos estrelados arquitetos como os exemplos citados, um professor engenheiro civil estava sempre presente, Roberto Rossi Zuccolo (1924-1967), considerado o professor de todos os arquitetos modernos saídos do Mackenzie e alinhados com a escola paulista (SERAPIÃO, 2009). Zuccolo foi uma referência importante e é sempre lembrado por seus ex-alunos, principalmente pelas primeiras experiências com o concreto protendido, como relatou Paulo Mendes da Rocha (também ex-aluno) em entrevista à Revista Projeto Design Edição 316 de 2006 (ROCHA, 2006).  Kazuo Maezano fazia questão de recordar Zuccolo como aquele que mostrou a importância da parceria arquiteto-engenheiro para a arquitetura moderna. Foi Zuccolo que despertou em Kazuo o gosto pelos cálculos, tanto que realizou juntamente com o projeto arquitetônico o cálculo estrutural do Edifício Tozan.

Ainda durante a graduação, Maezano estagiou no escritório Rino Levi Arquitetos Associados SC Ltda, fundado por Rino Levi – arquiteto formado pela Escola Superior de Arquitetura de Roma, na Itália. O escritório de Rino Levi foi o responsável pela elaboração do projeto para o prédio da sede do IAB-SP, tombado em 2015 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (ARANHA, 2008). A vivência do dia-a-dia de um escritório de arquitetura foi obtida com Rino Levi, o qual era tido como um mestre diversificado por Kazuo.

O Rino Levi Arquitetos Associados SC Ltda cobriu praticamente todas as áreas do trabalho profissional, em mais de 80 anos de atividades ininterruptas, desde casas isoladas até complexos industriais, edifícios comerciais, escritórios, apartamentos e hospitais. Além do desenvolvimento de projetos, o escritório sempre procurou estar na vanguarda de seu tempo em outros aspectos da arquitetura como produzindo pesquisa em pré-fabricação de canteiro, utilizando estruturas metálicas, implementando a racionalização dos processos construtivos e das práticas de escritório, fazendo uso de computadores aplicados à arquitetura, ensino e participando de atividades públicas e profissionais. (VILLELA, 2005, p. 2)

No escritório de Rino Levi, Maezano teve contato com um de seus associados mais importantes na época, o Engenheiro-Arquiteto Roberto Cerqueira Cezar (1917-2003), formado pela Escola Politécnica de São Paulo. Roberto trabalhou com Rino durante décadas e foi colaborador no projeto urbano do concurso de Brasília, que foi premiado em terceiro lugar, além de ser um dos fundadores do IAB-SP no ano de 1943. Kazuo sempre o descrevia como um profissional completo, de importância aos detalhes conforme artigo do Arquiteto Gilberto Belleza, que também estagiou no escritório Rino Levi.

Tive pessoalmente a oportunidade de trabalhar com ele, Dr. Roberto como o chamávamos, ou também “Robertão” como também era conhecido, por sua presença e impostação de voz grossa, era uma pessoa incrível. Acho que era um dos poucos exemplos ainda que tinham uma completa atuação de arquiteto. Lembro de quando trabalhava com ele no escritório Rino Levi, naquelas grandes pranchetas elevadas, ficava fascinado com sua dedicação e entusiasmo ao projeto, qualquer que fosse ele. Sentava-se na sua cadeira, com sua lapiseira leve de alumínio, de grafite grossa e já sem cor de tanto uso, e desenhava tudo referente ao projeto. Desenvolvia todo o projeto e avançava até nos detalhes de banheiro, que muitos grandes profissionais não querem nem saber como serão resolvidos. (BELLEZA, 2003)

Para Kazuo, o estágio com Rino Levi despertou o apreço não só pela elaboração de projetos, mas também pela atuação no acompanhamento e execução de obras, tanto que se dedicou a este ofício em seu retorno à Presidente Prudente. Também vieram as influências da arquitetura moderna vivenciada junto à produção de Rino Levi, que mesmo com a essência da cultura italiana exercida em sua formação, contribuiu grandemente na criação do aspecto moderno de São Paulo. (VILLELA, 2005)

A Faculdade de Arquitetura Mackenzie, por ser de muita vanguarda e sempre adepta as novas tecnologias da construção, incutia nos alunos a necessidade do arquiteto construtor. O arquiteto e professor Cristiano Stockler das Neves pregava aos alunos que o arquiteto seria o único profissional com capacidade técnica de elaborar o projeto arquitetônico e acompanhar tecnicamente as obras, luta que levou para todos os órgãos de classe ao qual fez parte em sua vida profissional. Maezano sempre foi adepto da ideologia do arquiteto construtor, aquele que ainda no projeto consegue adequar técnicas viáveis para o canteiro de obras.

A ATUAÇÃO EM PRESIDENTE PRUDENTE

Em seu retorno ao interior na década de 1960, Kazuo Maezano ficou conhecido por ser o primeiro arquiteto de Presidente Prudente, onde atuou e morou até seu falecimento no ano de 2016. Após exercer a profissão por cerca de seis anos na capital paulista, a decisão de retornar foi justificada por acreditar no desenvolvimento do município, principalmente devido à sua localização geográfica, próximo às divisas com Paraná e Mato Grosso do Sul, com uma extensa região de abrangência e próximo a cidades em pleno desenvolvimento como Maringá e Londrina no Estado do Paraná.

Em meados da década de 1960, como consequência da abertura de investimentos pelo Presidente Juscelino Kubitschek, houve um incremento de investimentos em obras públicas, criando um novo panorama na arquitetura, engenharia e construção. Com a alta oferta de empregos nos setores da construção civil, mão de obra barata e farta devido ao êxodo dos trabalhadores rurais para as cidades, e com avanços na ciência e tecnologia de construção, o Brasil se torna referência mundial no desenvolvimento da tecnologia do concreto armado. Com a população migrando do campo para as cidades, há demanda social para obras de infraestrutura. A partir desse panorama Kazuo funda a Construtora Kazuo Maezano Ltda, que em seus 20 anos de existência quase na sua totalidade se dedicou a construções públicas, atuando nos estados de São Paulo, Paraná, Minhas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chegando na década de 1970 a ter dois mil funcionários e um corpo técnico de quarenta profissionais de arquitetura e engenharia, sendo considerada a maior construtora do Oeste Paulista na época.

Entre as obras de destaque executadas pela construtora na cidade de Presidente Prudente, podemos citar a atual sede do Fórum de Presidente Prudente (situada na Avenida Coronel Marcondes), o edifício do Prédio Discente I da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP e o Calçadão (Rua de Pedestres) na rua Tenente Nicolau Maffei.

Na década de 1980, o país ingressa na chamada “década perdida”, caracterizada pela queda de investimentos, aumento do déficit público, ampliação da dívida interna e principalmente o aumento contínuo da inflação. Com a redução de financiamentos, as construtoras são obrigadas a assumir o financiamento de suas obras, e com isso o setor da construção passa por índices de desemprego e forte recessão. No ano de 1980 a Construtora Kazuo Maezano declara falência e alguns meses depois encerra suas atividades.

Residência Família Perrone

Com localização privilegiada, a residência encomendada pelo médico Ennio Botelho Perrone no ano de 1961 foi pensada para uma família composta por seis pessoas: Ennio, sua esposa Maria Edith Tenorio Perrone e quatro filhos, sendo três homens e uma mulher. Na esquina da Rua XV de Novembro com uma das principais avenidas de Presidente Prudente, a Avenida Washington Luiz, o arquiteto Kazuo colocou em prática a bagagem modernista de sua graduação.

A primeira característica marcante do projeto é a relação com o urbano que a configuração de sua fachada proporcionou. A fachada frontal (Ilustração 34) do bloco principal e suas aberturas horizontais longilíneas permitiam aos moradores visão panorâmica da paisagem onde atualmente situa-se a Vila Dubus, que na época era um fundo de vale com vegetação natural e com vista para o bosque municipal, atual bairro do Bosque. Além da vista privilegiada, as amplas aberturas proporcionavam a uniformidade da iluminação natural. Contribuindo para o caráter urbanístico da edificação, o bloco principal é elevado sobre pilotis e a fachada para a Avenida dispensa muros, proporcionando maior fluidez entre o público e o privado.

Enio Luiz Tenorio Perrone, filho de Ennio e Maria Edith viveu na residência durante alguns anos de sua juventude e destaca que os espaços amplos de convívio eram o ponto forte do projeto. O bloco principal (Ilustração 35) – no primeiro pavimento, apresentava o pátio aberto – responsável por estruturar os espaços de convivência: salas de estar, jantar e a cozinha.

O jogo de volumes é o destaque para a face voltada à Rua XV de Novembro (Ilustração 36), de onde se vê o bloco do segundo pavimento, que não está recuado da rua e o limite é dado suavemente por um brise soleil. Com aletas verticais o brise permite o acesso visual (quando era da vontade de seus moradores) e também protege contra o excesso de luminosidade.

Os pilares com formato em “V” que sustentam a frente do bloco principal são os elementos mais marcantes do projeto. Os relatos do arquiteto apontam que o desenho dos pilares se tornara um problema para mestres de obra e pedreiros, que tinham receio quanto à estabilidade da estrutura. Mas é nesse momento que Maezano mostrava o que a formação mackenzista lhe proporcionara: o equilíbrio entre a técnica e a arte.

Décadas depois, a residência teve seu uso alterado para comercial, recebendo escritórios e atualmente uma escola de inglês. Vemos neste caso o lado frágil da arquitetura moderna, visto que diversas obras tiveram que sofrer uma mudança de uso para que permanecessem conservadas. (MONTANER, 2012).

Edifício Tozan

Com projeto aprovado em 1963 e obra finalizada em 1965, o Edifício Tozan (Ilustração 37) foi construído na Rua Tenente Nicolau Maffei que na década de 1980 se tornaria a rua de pedestres do centro comercial de Presidente Prudente, também chamado de Calçadão da Maffei. A construção do edifício foi um dos investimentos do Banco Tozan S/A, grupo financeiro paulistano em expansão na época, gerido por membros da colônia japonesa. Segundo nota do Jornal O Imparcial do ano de 1965, “o Edifício Tozan é mais um empreendimento dos muitos que a iniciativa privada tem tomado, em favor do progresso e embelezamento arquitetônico de nossa cidade”.

O projeto apresenta um edifício com piso térreo, mezanino e subsolo destinados ao uso comercial – inicialmente ocupado pelo Banco Tozan e os outros oito andares com uso residencial, sendo um apartamento por andar. Todos com a mesma tipologia, os apartamentos são compostos por dois dormitórios, biblioteca, sala com três ambientes, cozinha, lavanderia, quarto e banheiro de serviço. O terreno apresenta 224 metros quadrados e a construção totaliza 1.492 metros quadrados.

Como característica comum a diversas obras do mesmo período, os ambientes sociais – salas e cozinha -foram projetados com medidas amplas e o edifício não possuía pavimento de garagem. No centro de Presidente Prudente, o Edifício Tozan não era o único a não contemplar vagas de garagem – os tempos eram outros e a valorização de um apartamento passava longe de se relacionar com a quantidade de vagas disponíveis.

O edifício projetado por Maezano tem característica bastante particular em relação à sua materialidade. A fachada principal mistura basicamente de maneira suave a madeira e o mármore. A madeira está presente nas esquadrias e também no brise soleil que se movimenta verticalmente. O mármore reveste as lâminas que separam as janelas, as quais estão posicionadas de forma regular e linear – retrato das janelas em fita empregadas nos prédios modernistas brasileiros. As lâminas que separam as janelas, segundo o arquiteto, são os elementos responsáveis por ampliar a sensação de verticalidade do edifício.

Após o fechamento do Banco Tozan, o pavimento térreo do edifício manteve seu uso comercial, ainda mais após a rua se tornar o Calçadão na década de 1980. O Banco Santander chegou a ocupar o local, que na sequência deu lugar a lojas com comércio de roupas e calçados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A trajetória resumida de Kazuo Maezano é um conjunto de lembranças que ele sempre fazia questão de recordar. Durante os anos de convivência, dividia suas histórias e os conhecimentos que acumulou em sua atuação profissional. Defendia a arquitetura moderna com elementos estéticos marcantes para paisagem, mas sem deixar de lado a precisão funcional. À frente de entidades de classe como o IAB e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Alta Sorocabana, atuou em favor de sua classe e de Presidente Prudente.

Neste breve trabalho, ficam registradas obras que marcaram a paisagem da cidade e que muitos desconhecem a autoria. Para aqueles que não o conheceram, foi apresentado o arquiteto pioneiro.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Beatriz de Camargo. A obra de Rino Levi e a trajetória da arquitetura moderna no Brasil. Tese de Doutorado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

BELLEZA, Gilberto. Roberto Cerqueira César (1917 – 2003).Arquitextos, São Paulo, ano 04, n. 038.07, Vitruvius, jul. 2003 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.038/671.

CIAMPAGLIA, Fernanda. A Reforma Francisco de Campos e o ensino de arquitetura no Mackenzie. Aproximações 1931-1947.Arquitextos, São Paulo, ano 16, n. 192.07, Vitruvius, maio 2016 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.192/6068.

MONTANER, Josep Maria. A modernidade superada: ensaios sobre arquitetura contemporânea. 2º Ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora G. Gili, 2012.

ROCHA, Paulo Mendes da. Agora posso contar. São Paulo, Projeto Design, julho 2006. Entrevista a Revista Projeto Design http://arcoweb.com.br/projetodesign/entrevista/paulo-mendes-da-rocha-19-07-2006.

SERAPIÃO, Fernando. Uma história a ser contada. A saga de Roberto Rossi Zuccolo, professor de todos os arquitetos modernos saídos do Mackenzie e alinhados com a Escola Paulista. Projeto Design, abril 2009 http://arcoweb.com.br/projetodesign/artigos/artigo-uma-historia-pra-ser-contada-01-04-2009

VILLELA, Fábio Fernandes. Rino Levi: Hespéria nos trópicos. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 061.04, Vitruvius, jun. 2005 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.061/452.

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